Família

Fabaceae

Nome Comum

acácia-bastarda, falsa-acácia, acácia-branca, robínia, acácia-da-terra, acácia-de-flores-brancas, acácia-boule, acácia-para-sol

Origem

América do Norte (região central e oriental dos Estados Unidos da América).

Tipo de Origem

alóctone

Autor

L.

Descrição

Árvore robusta, de copa ampla e densa, que em boas condições pode atingir os 25 m de altura, possui raízes grossas, com ramificações longas e rasteiras, que podem originar rebentos a uma longa distância. Casca um pouco amarelada, ramos fortes e um pouco sinuosos, os mais jovens providos de estípulas que se transformam em fortes espinhos. Folhas compostas, imparipinuladas, que caem por completo no Outono, com 3 a 10 pares de folíolos elípticos ou ovais, inteiras quase desprovidas de pêlos, com a página inferior de cor mais pálida; pecíolos com 2 estípulas lenhosas e espinhosas na sua base. Flores bissexuais ou hermafroditas, brancas, dispostas em rácimos multifloros axilares e pendentes; cálice aproximadamente campanulado, dividido em 2 lábios curtos com 2 a 3 dentes; corola de 15 a 20 mm, com pétalas desiguais, as superiores direitas, o par lateral inferior aquilhado; estandarte suborbicular. O fruto é uma vagem fortemente comprimida, de 5 a 10 cm de largura, com sutura dorsal estreitamente alada, de cor pardo-avermelhada, abrindo-se em duas valvas; é seco, não estrangulado entre as sementes e persiste na árvore durante algum tempo.

Tipo de Reprodução

monóica

Forma de Vida

árvore

Ínicio de Floração

maio

Fim de Floração

junho

Perenidade

caducifólia

Inflorescência

cacho

Cor da Flor

branco

Tipo de Folha

composta

Inserção de Folha

alterna

Margem da Folha

inteira

Limbo da Folha

ovado

Tipo de Fruto

vagem

Consistência do Fruto

seco

Maturação do Fruto

setembro

Habitat

Bosques e matagais, especialmente em solos calcários profundos e bem drenados, orlas de florestas, margens de rios e matas, até 1600 m.

Observações

O nome científico e epíteto genérico utilizado para designar a acácia-bastarda, Robinia, é dedicado ao jardineiro Jean Robin, que foi o primeiro a cultivar esta árvore na Europa. Esta espécie foi transferida do seu habitat natural, inicialmente para França para o Jardim Real de Paris, estendendo-se depois para Barcelona e mais tarde para Madrid, onde foi plantada no antigo Jardim Botânico. É de salientar que a Robinia pseudoacacia, é muito fomentada na Europa de Leste, com uma grande área plantada, com destaque para a Hungria, em que representa 19% da área florestal desse país. Em Portugal é classificada como espécie invasora (listada no anexo I do Decreto-Lei n° 565/99, de 21 dezembro), sendo proibido, por decreto lei, a sua propagação.

Aplicações

As flores da acácia-bastarda (Robinia pseudoacacia) de odor e sabor agradável, são comestíveis; com elas preparava-se antigamente uma água destilada à qual se atribuíam propriedades anti-histéricas. A madeira, que cortada adquire uma cor cinzento-dourada, é pesada, dura e bastante firme, pelo que se utiliza no fabrico de postes, em carretaria, em apeiria (apetrechos de lavoura) e para tornear, apesar de ser um pouco difícil de trabalhar. Ao secar, tende a deformar-se e racha-se com alguma facilidade; utilizou-se no passado na construção de edifícios e segundo alguns autores, a madeira desta árvore era a que constituía a maioria dos edifícios de Boston no século XVIII.

37 Exemplares no Parque


Porte


Folha


Flor


Fruto


Tronco