Família

Salicaceae

Nome Comum

borrazeira, borrazeira-preta, cinzeiro, salgueiro-preto, cinzeiro, salgueiro, salgueiro-cinzento, vimeiro-preto

Origem

Europa Atlântica e oeste da região Mediterrânica. Frequente por toda a Península Ibérica.

Tipo de Origem

autóctone

Autor

Brot.

Descrição

Arbusto ou pequena árvore que pode atingir 10 m de altura, Com ramos direitos e alargados, nodosos, os jovens com pêlos. Casca cinzenta e lisa, tornando-se fendida e castanha. Folhas lanceoladas ou oblongo-lanceoladas, muito verdes na página superior e glauco-tomentosas na inferior, com 7 a 13 pares de nervuras laterais. Inflorescência em amentilhos centrípetos (flores abrem a partir da base para o ápice), subsésseis; aparecem antes das folhas, flores masculinas com estames livres e filetes peludos até ao meio, as femininas com pistilo tomentoso e estilete curto. O fruto é uma cápsula tomentosa, ovado-cónica.

Tipo de Reprodução

dióica

Forma de Vida

arbusto

Ínicio de Floração

fevereiro

Fim de Floração

março

Perenidade

caducifólia

Inflorescência

amentilho

Cor da Flor

verde

Tipo de Folha

simples

Inserção de Folha

alterna

Margem da Folha

denticulada

Limbo da Folha

oblongo-lanceolado

Tipo de Fruto

cápsula

Consistência do Fruto

seco

Maturação do Fruto

março

Habitat

Locais húmidos e alagadiços, frequentemente ao longo das margens de rios e ribeiras (espécie ripícola).

Observações

Salix atrocinerea é a espécie do género mais variável, devido ao cruzamento com outros salgueiros, dificultando o seu reconhecimento. Uma das suas formas mais características é o Salix atrocinerea subsp. catalaunica, repartida na metade oriental da Península, de folhas arredondadas na base (não em forma de cunha como é normal), com pecíolo muito curto e pistilo com estilete muito reduzido, quase nulo. 

Aplicações

Os médicos da antiguidade recorriam frequentemente aos salgueiros, sem contudo precisar quais as espécies utilizadas; com efeito, todos os salgueiros de folhas estreitas tinham propriedades medicinais idênticas. Mattioli registou, no séc. XVI, a eficácia das folhas de salgueiro contra as insónias; no séc. XVII, a sua casca era utilizada como febrífuga (combate a febre e evita o seu aumento). Sabe-se actualmente que este efeito se deve à sua riqueza em ácido salicílico (um seu derivado é um dos medicamentos mais utilizados no Mundo, a aspirina).

2 Exemplares no Parque


Porte


Folha


Flor


Fruto


Tronco