Família

Salicaceae

Nome Comum

choupo-negro, álamo, álamo-negro, álamo-da-terra, álamo-de-Itália, choupo-de-Itália, almo, amieiro-negro, choupo, faia-preta, olmo-negro

Origem

Sul e este da Europa, noroeste de África, Macaronésia e oeste da Ásia.

Tipo de Origem

alóctone

Autor

L.

Descrição

O choupo é uma árvore até 30 m de altura. Possui o tronco direito, com ritidoma acinzentado e liso quando jovem, tornando-se fendido longitudinalmente e com costas negras; a copa aberta, clara ou fastigiada. Gemas invernais ovado-oblongas, agudas, viscosas. Folhas com pecíolo de 2 a 6 cm, comprimido lateralmente e limbo de 5 a10 por 4 a 8 cm, crenado-serrado, no final glabro; as dos braquiblastos (ramos curtos), romboidais amplamente acunheadas ou mais ou menos arredondadas na base e com esta vulgarmente sem glândulas; as dos macroblastos (ramos compridos), ovado-triangulares ou ovado-romboidais. Inflorescências precoces, pendentes, com escamas glabras e profundamente laciniadas; as masculinas sésseis; as femininas mais ou menos pedunculadas. Flores com disco nectarífero finamente lobulado-dentado, truncado quase perpendicularmente ao eixo floral; as masculinas, com 6 a 25 estames, de filamentos curtos e brancos e anteras purpúreas; as femininas, curtamente pediceladas, de ovário séssil, ovado-cónico e 2 estigmas amarelados encostados às paredes do ovário. Os frutos são cápsulas com 7 a 9 cm, elipsoides, finamente granulosa e com 4 sulcos longitudinais. 

Tipo de Reprodução

dióica

Forma de Vida

árvore

Ínicio de Floração

fevereiro

Fim de Floração

março

Perenidade

caducifólia

Inflorescência

amentilho

Cor da Flor

vermelho

Tipo de Folha

simples

Inserção de Folha

alterna

Margem da Folha

serrada

Limbo da Folha

ovado

Tipo de Fruto

cápsula

Consistência do Fruto

seco

Maturação do Fruto

abril

Habitat

Margens de cursos de água e locais com bastante humidade.

Observações

O choupo-negro é originário da Europa Oriental e Ásia Ocidental, mas tendo sido intensamente cultivado como ornamental, desde a antiguidade, encontra-se de tal modo naturalizado que é considerado autóctone na Península Ibérica.

O fruto é uma cápsula, glabra, com numerosas sementes pequenas e com penachos de pêlos. Esta característica faz com que, quando disseminadas, formem um tapete esbranquiçado, no solo à volta da árvore. Por este motivo, as árvores masculinas são preferidas nos locais públicos, pois, as femininas, além do incómodo estético, perturbam as pessoas que sofrem de alergias e asma.

O nome científico dos choupos, "Populus", parece ter duas procedências: há quem justifique este nome por se tratar de árvores populares para os Romanos; outros afirmam que provém do latim "Palpolus" (ligado a) ou "Palpito" (tremer, agitar), fazendo referência à mobilidade das folhas deste género; "nigra", refere-se à coloração mais negra da casca do choupo negro.

O choupo-negro encontra-se vulgarmente nas margens das linhas de água, associado, com frequência, a amieiros, a ulmeiros, salgueiros e freixos; também se encontra em terrenos de solo profundo e fresco com um nível freático acessível e cultivado como árvore de alinhamento ao longo dos caminhos. Prefere os solos soltos e leves e necessita de muita luz, não tolerando a sombra. 

Aplicações

O choupo-negro é fácil de reproduzir por estaca, sendo ideal para pequenas explorações pelo seu rápido crescimento. A madeira, branca, leve e mole, de textura fina e uniforme, tem sido empregue no fabrico de embalagens, carpintaria e no fabrico de pasta de papel. A lenha é de fraca qualidade e deve usar-se bastante seca. Os ramos constituem uma boa forragem invernal. Com as gemas, que têm resinas, essências e heterósidos (populósido, salicósido e ácido salicílico), preparava-se, incorporadas com manteiga de suíno e outros componentes, um medicamento popúlio (pertencente ao choupo) que servia para acalmar as dores das hemorróidas; também se utilizava em infusão como sudorífico e diurético.

27 Exemplares no Parque


Porte


Folha


Flor


Fruto


Tronco