FamíliaMalvaceae |
Nome Comumtília, tília-prateada pendente |
OrigemSudoeste asiático |
Tipo de Origemalóctone |
AutorMoench |
DescriçãoA Tilia tomentosa 'Petiolaris' é uma árvore de grande porte, de folhagem caduca, que pode atingir 27 metros de altura. Distingue-se da espécie-tipo – Tilia tomentosa – devido às suas folhas caídas e pecíolos mais longos, entre 4 a 8 cm de comprimento. Apresenta formato colunar, uma casca profundamente sulcada, de cor acinzentada, e ramos pendentes. As folhas, de cor verde, dispõem-se alternadamente nos caules, são circulares, medindo entre 4 a 8 cm de largura, com a base cordada, ocasionalmente lobadas e as margens são marcadamente dentadas. A página superior da folha é verde, desprovida de pelos e a página inferior é densamente peluda e esbranquiçada. As flores desta cultivar são iguais às da espécie T.tomentosa, dispondo-se em grupos sobre um longo pedúnculo que surge da nervura média de uma grande bráctea. As flores são de pequenas dimensões, aromáticas, formadas por 5 pétalas, amarelas ou esbranquiçadas, entre 6 a 12 mm de comprimento, pubescentes, com 5 nervuras proeminentes. O fruto é uma drupa seca, semelhante a uma noz, até 10 mm de diâmetro, formato esférico, ligeiramente achatado no ápice. |
Tipo de Reproduçãohermafrodita |
Forma de Vidaárvore |
Ínicio de Floraçãomaio |
Fim de Floraçãojulho |
Perenidadecaducifólia |
Inflorescênciacimeira |
Cor da Floramarelo |
Tipo de Folhasimples |
Inserção de Folhaalterna |
Margem da Folhadentada |
Limbo da Folhacordado |
Tipo de Frutodrupa |
Consistência do Frutoseco |
Maturação do Frutosetembro |
HabitatHabita preferencialmente em solos húmidos e com uma boa drenagem, tolerando a maioria dos pH de solo, embora prefira um pH alcalino. |
ObservaçõesO restritivo específico – ‘tomentosa’ - deriva da palavra em latim tomentum como referência à zona peluda da página inferior das folhas. O nome desta variedade, ‘Petiolaris’, é alusivo aos longos pecíolos das folhas desta árvore. As tílias têm um importante valor ornamental e por isso são frequentemente usadas nas ruas, nas avenidas e nos parques. Devido à sua forma, à resistência à poluição atmosférica, às podas e ao trânsito, são árvores adequadas às cidades e arredores. A doença mais importante que atinge a tília manifesta-se pela queda precoce das folhas durante o Verão. Esta doença é provavelmente fisiológica e ocorre na maioria das vezes nas plantações de rua perto de edifícios onde a temperatura das folhas se eleva muito pelo calor. As doenças nas folhas e as manchas no tronco podem causar sérios danos. Os afídios e aranhas, por vezes causam graves danos. As infeções causadas pelos afídios provocam uma fuligem que cai da árvore juntamente com o orvalho. As aranhas atacam as árvores em períodos secos durante o Verão. |
AplicaçõesMuitas são as qualidades das tílias, algumas muito conhecidas, como a propriedade calmante da infusão das suas flores e brácteas; a casca considera-se colerética (com capacidade de facilitar o esvaziamento da vesícula biliar) e emprega-se nas infecções hepatico-biliares, atribuindo-se a esta, no passado, muitas outras virtudes permanecendo apenas, as propriedades vasodilatadora e antiespasmódica (acalma espasmos e convulsões). Esta mesma casca, posta de molho, servia para a obtenção de fibras empregadas na confecção de cordas. A madeira é macia, leve, de textura fina e uniforme, quase desprovida de marcas, de cor castanha clara, excelente para ser talhada, pelo que terá sido a preferida pelos escultores e fabricantes de estatuetas; muito fácil de trabalhar, com ela se confeccionavam quantidades consideráveis de utensílios domésticos e o seu carvão era apreciado para fabricar pólvora e para desenhar; a madeira de menor qualidade pertence a outra espécie, a Tilia cordata Mill. Com esta madeira podem fabricar-se ainda as colmeias para as abelhas e o benefício é mútuo porque as flores da tília, ricas em néctar, são frequentemente visitadas por estas, proporcionando a base para um mel de boa qualidade. |