Família

Oleaceae

Nome Comum

freixo-florífero, freixo-de-flor, freixo-do-maná

Origem

África e Europa (região Mediterrânica, desde a Espanha até à Turquia).

Tipo de Origem

alóctone

Autor

L.

Descrição

Árvore de copa ampla, de ritidoma liso, cinzento, que pode alcançar 20 m de altura embora habitualmente não passe dos 10 m. Ramos cinzentos, glabrescentes. Gemas ovadas, cinzentas ou quase negras, densamente cobertas de pêlos. Folhas caducas, imparipinuladas, com 5 a 9 folíolos de margem dentada, ovados ou lanceolados, com 3 a 8 cm de comprimento, que podem ter pêlos na página inferior, especialmente na base e junto às nervuras. Flores dispostas em grandes panículas terminais ou axilares, formadas cada uma por um cálice dividido em 4 lóbulos profundos, corola com 4 pétalas longas e estreitas, de cor branca, livres ou um pouco unidas na base e 2 estames com longos filamentos, entre os quais se situa o ovário. Fruto seco, em forma de língua, com uma asa que facilita a disseminação (sâmara); pode medir 2 a 2,5 cm.

Tipo de Reprodução

monóica

Forma de Vida

árvore

Ínicio de Floração

abril

Fim de Floração

maio

Perenidade

caducifólia

Inflorescência

panícula

Cor da Flor

branco

Tipo de Folha

composta

Inserção de Folha

oposta

Margem da Folha

dentada

Limbo da Folha

ovado

Tipo de Fruto

sâmara

Consistência do Fruto

seco

Maturação do Fruto

junho

Habitat

Encostas montanhosas entre os 200 e os 1500 m, com clima húmido, em solos frescos, adjacentes a linhas de água, formando pequenos bosques.

Observações

O freixo de flor (Fraxinus ornus) tem uma floração branca ou creme muito vistosa, nascendo ao mesmo tempo que as folhas (entre Abril e Maio), de aroma muito agradável.

A denominação comum, freixo, provém do nome genérico, Fraxinus e este por sua vez tem origem provavelmente na palavra grega "phraxis", que significa separação, fazendo referência à facilidade com que se racha a sua madeira, segundo alguns autores, ou por o freixo ter sido usado na construção de sebes, cercas ou separações de terrenos, segundo outros autores.

O nome específico do freixo-de-flor (Fraxinus  ornus), deriva do latim orno que significa adornar, pelas suas inflorescências decorativas em comparação com as do freixo comum; era também o nome aplicado pelos Romanos a esta árvore. Para alguns autores o verdadeiro orno dos latinos seria o Fraxinus excelsior L. (freixo-europeu) e o verdadeiro Fraxinus, o freixo-de-flor. Segundo estes, ornus deriva do vocábulo grego "oros" que significa montanha, aludindo ao seu habitat natural. O freixo-de-flor prefere ambientes montanhosos, de clima suave e não muito seco no Verão; os solos devem ser frescos, situando-se com frequência próximo dos cursos de água. Já o freixo Europeu (Fraxinus excelsior L.) está mais adaptado a viver como árvore ornamental, a adornar os parques e jardins.

Aplicações

No Sul da Itália e Sicília, cultiva-se o freixo de flor (Fraxinus ornus L.), para obtenção de maná (droga açucarada muito apreciada como laxante), sendo esta obtida através de umas incisões na árvore durante o Verão, pelas quais flui um líquido de sabor doce que solidifica e forma uma massa de cor amarelada. A sua acção deve-se a substâncias açucaradas dos caules, sendo a mais importante o manitol. As folhas e a casca utilizam-se na alimentação dos animais.

3 Exemplares no Parque


Porte


Folha


Flor


Fruto


Tronco