Família

Malvaceae

Nome Comum

tília-prateada, tília-tomentosa, tília-da-hungria

Origem

Europa Oriental (Península Balcânica, Hungria e Ucrânia). Introduzida como planta ornamental em quase toda a Península Ibérica.

Tipo de Origem

alóctone

Autor

Moench

Descrição

Árvore que pode atingir os 30 m de altura. Os ramos ascendentes proporcionam uma copa claramente arredondada; ramos jovens cobertos por uma pubescência branca, posteriormente sem pelos e verdes. Folhas alternas de 8 a 10 cm de comprimento, dentadas e cordiformes na base, assimétrica e margens finamente dentadas, na página superior são verde escuras e a página inferior é coberta por uma densa penugem branco-prateada. As flores são pequenas e dispõem-se em grupos sobre um longo pedúnculo que surge da nervura média de uma grande bráctea. Flores com 5 pétalas, amarelas ou esbranquiçadas, aromáticas, de 6 a 12 mm de comprimento, pubescentes, com 5 nervuras proeminentes. O fruto é ovóide e seco.

Tipo de Reprodução

hermafrodita

Forma de Vida

árvore

Ínicio de Floração

maio

Fim de Floração

julho

Perenidade

caducifólia

Inflorescência

cimeira

Cor da Flor

amarelo

Tipo de Folha

simples

Inserção de Folha

alterna

Margem da Folha

dentada

Limbo da Folha

cordado

Tipo de Fruto

núcula ou noz

Consistência do Fruto

seco

Maturação do Fruto

setembro

Habitat

Cobrem encostas e sopés de áreas montanhosas de altitude moderadas, até ao topo onde possuem portes mais planos.

Observações

As tílias têm um importante valor ornamental e por isso são frequentemente usadas nas ruas, nas avenidas e nos parques. Devido à sua forma, à resistência à poluição atmosférica, às podas e ao trânsito, são árvores adequadas às cidades e arredores. Das várias espécies deste género, é talvez a Tilia tomentosa Moench, a mais difundida em Portugal; tem as folhas com a página inferior coberta por uma espessa penugem prateada, sendo por este motivo também chamada tília prateada. 

A tília era conhecida com o nome da Tilia pelos Romanos, nome de origem incerta, que alguns autores pensam derivar do grego ptilon, que significa asa, pela bráctea que acompanha as flores e facilita o transporte dos frutos. Os gregos chamavam a tília de Philyra, por ser este o nome da filha do Oceano, mãe do Centauro Quirón, convertida em tília por Rea; com esta mesma denominação era conhecida a casca interna da árvore, entre os Romanos, empregue no fabrico de pergaminhos utilizados para escrever.

A doença mais importante que atinge a tília manifesta-se pela queda precoce das folhas durante o Verão. Esta doença é provavelmente fisiológica e ocorre na maioria das vezes nas plantações de rua perto de edifícios onde a temperatura das folhas se eleva muito pelo calor. As doenças nas folhas e as manchas no tronco podem causar sérios danos. Os afídios e aranhas, por vezes causam graves danos. As infeções causadas pelos afídios provocam uma fuligem que cai da árvore juntamente com o orvalho. As aranhas atacam as árvores em períodos secos durante o Verão.

Aplicações

Muitas são as qualidades das tílias, algumas muito conhecidas, como a propriedade calmante da infusão das suas flores e brácteas; a casca considera-se colerética (com capacidade de facilitar o esvaziamento da vesícula biliar) e emprega-se nas infecções hepatico-biliares, atribuindo-se a esta, no passado, muitas outras virtudes permanecendo apenas, as propriedades vasodilatadora e antiespasmódica (acalma espasmos e convulsões). Esta mesma casca, posta de molho, servia para a obtenção de fibras empregadas na confecção de cordas. A madeira é macia, leve, de textura fina e uniforme, quase desprovida de marcas, de cor castanha clara, excelente para ser talhada, pelo que terá sido a preferida pelos escultores e fabricantes de estatuetas; muito fácil de trabalhar, com ela se confeccionavam quantidades consideráveis de utensílios domésticos e o seu carvão era apreciado para fabricar pólvora e para desenhar; a madeira de menor qualidade pertence a outra espécie, a Tilia cordata Mill. Com esta madeira podem fabricar-se ainda as colmeias para as abelhas e o benefício é mútuo porque as flores da tília, ricas em néctar, são frequentemente visitadas por estas, proporcionando a base para um mel de boa qualidade.

5 Exemplares no Parque


Porte


Folha


Flor


Fruto


Tronco